Quinta-feira, dia 31 de março, perdemos mais um nome que passou por esse mundo deixando um legado imenso. Zaha Hadid ficou conhecida internacionalmente por projetos ousados e, em grande parte, identificados com a corrente desconstrutivista – uma tendência da arquitetura pós moderna que surgiu a partir dos anos 60, como uma crítica ao excesso de funcionalidade da arquitetura moderna, onde o conceito principal era o de forma e função. No pós modernismo prevalece o impacto visual. Nascida no Iraque e radicada em Londres, na Inglaterra, ela foi a primeira arquiteta a ganhar o prêmio Pritzker, o Oscar da arquitetura, em 2004. Um dos nomes mais celebrados (e polêmicos) da arquitetura contemporânea, Zaha era conhecida antes do prêmio por seus extraordinários esboços/pinturas de projetos nunca executados.
As curvas monumentais, os ângulos dramáticos e o concreto tratado com uma plasticidade hipnotizante, são algumas das características que provam que suas obras eram moldadas pelo contexto em que se apresentavam, e que sua arquitetura era também pensada com uma forma de expressão artística. “Minhas idéias vêm da observação do lugar, da natureza, das pessoas se movendo pela cidade. É sempre como as pessoas se movem pelo espaço, como o público vai usar o espaço”, afirmou a iraquiana. Ciência e natureza sempre foram grandes fontes de inspiração. Hadid pensava sua obra arquitetônica como elemento sensorial, capaz de provocar coreografias espontâneas no público. Preferia sempre desenhar passarelas no lugar de corredores ou escadas. Segundo ela, as pessoas se interessavam por projetos que fizessem a fantasia se tornar realidade. A arquitetura feita poesia.
Separei algumas obras dela pra vocês entenderem o porquê de tanto reconhecimento:
Apaixonada pelo design nas suas mais variadas vertentes, desenhou peças de mobiliário, sapatos e jóias. Seu último trabalho foi uma coleção de jóias em prata de lei para a joalheria Georg Jensen, que teve como inspiração o complexo com três torres comerciais localizado no distrito de Wangjing, na China, inaugurado em 2014 e projetado por ela.
Ousada, nada convencional, talentosíssima, uma perda para a arquitetura mundial e um orgulho pra nós, mulheres, termos um nome tão forte nos representando de forma tão expressiva em uma área ainda muito masculina. Minha homenagem e meu respeito, Zaha. <3