Tulum é uma cidade exótica, especialmente charmosa pelas muralhas que os maias construíram pra proteger o território que, durante a civilização maia (em torno de 1000 a 250 a.C) era uma cidade portuária e por isso tinha um posicionamento estratégico pra se defender das tribos inimigas e que hoje, em ruínas, tornam Tulum uma das cidades mais interessantes do México e um dos meus lugares favoritos no mundo. A 128 km ao sul de Cancún, Tulum fica na Riviera Maya e pertence à península de Yucatán. Ao sul das ruínas, começa uma praia que se estende por mais de 20km, até a Reserva Ecológica de Sian Ka’an.
Eu amo o estilo de Tulum porque tem uma pegada hippie, mas mesmo assim tem certa infra-estrutura. É como se fosse o melhor de dois mundos…Aulas de yoga, cenotes incríveis, céu azul, o Rio Secreto, …
Tulum está dividida em duas partes bem distintas. Às margens da rodovia que liga Tulum à Cancún encontra-se o pueblo, a cidadezinha onde vivem todos os locais, que fica mais distante da praia e tem preços bem mais em conta. E na estrada que fica paralela ao mar, fica a Tulum mais turística, cheia de lugares descolados. Muitos europeus acabaram não indo embora de lá depois de uma ida a passeio e, então, abriram restaurantes incríveis e algumas lojinhas super cool, todos cercados pela natureza singular daquele lugar. Isso foi moldando um perfil muito peculiar à cidade que se manteve simples apesar da influência européia. Todo mundo de pés descalços, andando de bike e em conexão com a natureza.
Eu fui esse ano e fiquei BEM surpresa com a evolução e o crescimento da cidade. Os restaurantes não eram tão refinados e nem tão variados, o público também é bem maior hoje, costumava ver a cidade quase vazia…Espero que nada disso comprometa a identidade forte de Tulum que é o que eu mais amo. Por enquanto, tudo continua praticamente como era… Tulum continua atraindo um público bem específico, que realmente se identifica com o estilo do lugar.
É impossível não se apaixonar pela areia branca, o mar azul (da cor da turmalina paraíba), a hospitalidade dos mexicanos e as ruínas pesando na paisagem leve. A data exata de descobrimento não é muito certa, mas estima-se que foi por volta do ano 584. Dá pra imaginar o tanto de história que habita essa cidade? É fascinante! Algumas ruínas maias não permitem o acesso de turistas, mas outras como a Casa Del Cenote, nos permitem viajar no tempo… É uma gruta com tumba, com pequenos templos nos penhascos e, no alto da colina, o Templo Del Dios Descendente. A divindade, esculpida de cabeça para baixo, representa Dios Abeja, fornecedor de mel, associado ao planeta Vênus. Alguns outros espaços das construções maias são reservadas apenas pra arqueólogos, historiadores, governantes, antropólogos e religiosos.
Tenho um carinho especial pelo México por ter vivido lá, esse deve ser o primeiro de uma série de posts sobre o país, vou voltar pra falar de outros lugares, outras dicas e outras experiências mexicanas pra vocês.
Já estou ansiosa pra contar mais sobre esse país LINDO pra vocês.
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