André Kertész foi um fotógrafo e jornalista nascido na Hungria, mas com carreira solidificada em NYC, onde morreu em 1985 aos 91. Um fotógrafo genial que, infelizmente, só obteve reconhecimento mais internacional depois da sua morte. Em uma época sem recursos digitais, sua série “distortion” é uma das suas obras mais impressionantes. São mais de 200 nus femininos encantadoramente distorcidos com reflexos e espelhos, o resultado é fascinante quando imaginamos os poucos recursos que ele tinha à disposição na época.
A série é de 1933, mas seu fascínio pela distorção começou em 1917 quando fotografou uma nadadora embaixo d’água. André clicou nus distorcidos até um ano antes de sua morte, em 1984, quando encheu um quarto vazio de espelhos em Paris e fez os últimos cliques da sua vasta série que, em 1920 obteve o primeiro reconhecimento quando ilustrou a capa da revista VU. Um fato curioso sobre ele é que, apesar de ter vivido longos períodos entre os Estados Unidos e a França, ele nunca aprendeu outro idioma além do seu idioma natal. Isso fez com que a fotografia representasse mais que arte pra ele, fotografar era sua forma principal de expressão.
Acho que aqui entramos mais vez na questão do último post, né? Recurso não é nada, talento é tudo.