Na lista – deliciosa! – de sugestões de posts que vocês me enviaram, minha gestação foi um dos tópicos mais pedidos. Sendo assim, decidi preparar uma pequena série de posts sobre os mais diversos assuntos que envolvem essa fase tão maravilhosa.
Descobrir-se grávida, provavelmente, é a forma mais rápida de transformação de uma mulher. Para mim, pelo menos, foi assim… Logo que minha gravidez se confirmou, passei a pesar tudo em minha vida, a separar por “prateleiras de relevância” cada uma das coisas que vivia. Depois disso, senti uma profunda necessidade de fazer um mergulho nessa que é a fase mais mágica que já vivi. Não consigo ser ou estar pela metade, sabe? Sentir uma vida sendo gerada dentro de mim me transformou definitivamente, me deixou mais forte (e feliz!). Passei a substituir todas aquelas metas antigas por sentimentos (uma enxurrada deles, pra ser mais precisa). Um mundo novo se descortinou na minha frente, cheio de descobertas e sensações. E a busca pela minha própria verdade se fez mais e mais presente. Me despi pra mim mesma, olhei nos meus próprios olhos e entendi taaanta coisa. É claro que essa é uma tarefa de vida, nosso mergulho interno jamais deve cessar, mas sinto que dei um grande passo nesse caminho. Um passo que não podia alcançar antes de agora, desse momento em que ao mesmo tempo em que me sinto forte, me sinto leve. Sou rocha e sou pluma… Sou morada. Sou dois corações… e pra sempre serei. <3
O primeiro post dessa série aborda um assunto que eu julgo essencial… Acredito piamente que um corpo saudável é igual a uma mente saudável. Desde que soube que estava grávida, entendi que as vaidades com o corpo que eu cultivava cederiam espaço pras dores e delícias de fazer do meu corpo morada. Durante esse período, nunca me preocupei com o ganho de peso motivado por estética, muito menos se apareceriam celulites novas, ou se, após ter o bebê, meu corpo demoraria pra voltar ao normal. Afinal, uma gravidez deixa marcas em uma mulher: no corpo e na alma. De qualquer forma, eu já não era e não seria mais a mesma (e que sorte a minha!). Minha preocupação sempre foi a de me manter o mais cheia de saúde possível, pra poder passar essa vitalidade toda pro meu bebê. Sou uma pessoa ativa, gosto de me exercitar e sei que os períodos da vida em que mantive uma boa rotina de exercícios foram os de mais qualidade de vida, no sentido mais amplo da palavra.
É um bom momento para escrever esse texto. Estou no finalzinho da minha gestação e tenho muita alegria em poder confirmar isso tudo. Senti pouquíssimas dores nas costas, não me senti pesada ou desconfortável e nem tampouco inchada. Entendo que cada corpo é um corpo, e que cada um de nós tem sua própria carga genética. Não quero semear a ideia de que exista uma receita de uma gestação ideal e perfeita. Ao contrário, quero dizer que o importante mesmo é respeitarmos as nossas diferenças, nosso ritmo de vida, nossas possibilidades, e, principalmente, nosso corpo. Escutar o que nosso corpo nos diz nessa fase é mágico. Mergulhar pra dentro de si, intensificar a conexão com o bebê e entender, de verdade, o que faz mais sentido é essencial. Eu me respeitei, entendi minha disposição e minhas vontades e quero compartilhar com vocês o que deu certo para mim. Esse é um relato super pessoal, que divido com carinho com vocês, minhas leitoras. Não preciso dizer da importância de seguir as orientações médicas e profissionais, né?
Durante o primeiro trimestre de gestação eu me senti muito sonolenta, praticamente não senti enjoo – Obrigadaaaaa, universo! – mas, em compensação, o sono era como se tivesse acumulado cinco anos sem dormir, sem exagero (rs). Neste período, somente pratiquei caminhadas leves e agradáveis. Passado o primeiro trimestre, comprovei o que eu escutava as pessoas falarem, porém sempre duvidava: fui tomada por uma onda de disposição e resolvi me jogar de cabeça nos exercícios que, a meu ver, combinavam muito com este momento da vida: yoga, hidroginástica e Pilates. A combinação dos três foi como uma enxurrada de coisas boas para o meu corpo e para minha mente. Vou fazer uma explicação breve de cada um deles, para que vocês entendam melhor:
YOGA – eu pratiquei um yoga específico de preparação para o parto e foi uma experiência maravilhosa. Segundo as palavras da minha professora: “Vivenciar o yoga para o parto, durante a gestação, oferece à mulher um mergulho no gestar e no contato com o bebê dentro da barriga, ampliando a consciência de tudo que significa gerar uma vida dentro de si mesma. Essa prática naturalmente conduz a mulher para a autonomia a partir da consciência corporal e intimidade com o seu próprio corpo. No final da gestação, o companheiro é convidado a participar, contribuindo com sua força física e amorosa, e sintonizando o casal para receber o ser que vai chegar.”.
PILATES – O Pilates é um método de atividade física que visa trabalhar corpo e mente. Tem como princípios a concentração, centralização, respiração, fluidez, precisão e controle. Ele fortalece a musculatura à base de muita consciência corporal e controle da respiração, o que facilita muito a adaptação do corpo às mudanças que a gravidez traz.
HIDROGINÁSTICA – Fiz aula especial para gestantes e, mesmo não apostando muito na hidro de antemão, me surpreendi. É totalmente indicada para gestantes por tratar-se de uma atividade física com intensidade moderada. Além disso, a flutuação na água ajuda a aliviar o peso extra da gestação e a diminuir o impacto dos movimentos sobre as articulações do corpo. Ela também contribui enormemente para a boa circulação, relaxamento e fortalecimento muscular.
Durante o segundo trimestre e a maior parte do terceiro, pratiquei cada uma dessas atividades físicas duas vezes por semana. E cá estou, praticamente sem dor, com o corpo totalmente fortalecido, consciente de que fiz boas escolhas de exercícios. No final do terceiro trimestre, dei uma desacelerada gradual, atenta às vontades do meu corpo. Claro que, como disse no início do post, minha intenção não é mostrar um ideal, mas o que funcionou para mim. Sempre fui muito ativa e isso contribuiu muito para esse ritmo de exercícios. Entendo que nem todo mundo tem a mesma possibilidade e disponibilidade de tempo, mas, se for possível conciliar algum exercício físico durante a sua gestação, te garanto que será muito benéfico. Lembrando sempre que é muito importante procurar bons profissionais, preparados para trabalhar com gestantes, e não exagerar nos exercícios se você não tiver a característica de ser uma pessoa ativa.
E vocês, mamães que me seguem, praticaram ou praticam alguma atividade física? Deixa aqui nos comentários, vou adorar saber!
See you soon! Beijos, com amor!
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